quarta-feira, 27 de outubro de 2010

e agora?

Impotência.
Acho que é essa a sensação que o filme 'Tropa de Elite 2', causa nos espectadores.
A saída do cinema é muda, mas o pensamento é o mesmo: a solução dos inumeráveis problemas do Brasil é cada vez mais complexa e distante.
A corrupação da polícia diante do poder dos politicos deixa claro que mesmo minimamente, todo mundo é corruptível. Cada um se submente as mais variadas situações, de acordo com o que melhor lhe convier no momento.
Os políticos por sua vez, que seriam teoricamente as pessoas mais capacitadas e engajadas socialmente para solucionar, ou mesmo minimizar os problemas da população, utilizam-se dos poderes para corromper e afundar ainda mais a sociedade nessa podridão da disputa de interesses.
Torna-se um ciclo vicioso, do qual parece impossivel se devenciliar.
As atitudes heróicas de alguns, servem como soluções momentâneas, mas bastam meses, anos,para que o sistema se reorganize e surjam novas maneiras de governar ou de corromper.
Mesmo o extermínio do tráfico é retratado no filme como o início de um novo ciclo, capaz de gerar uma gama ainda maior de assassinatos, corrupções e frieza.
Mas se como está, não dá pra ficar... e se mudar também não resolve, resta a nós, reles mortais,a sensação de impotência diante de um sistema tão altamente evolúído.
Impotência essa, que remete um filme como esse, lançado em período eleitoral - com quase 6 milhões de espectadores e que traz a tona problemas dos quais boa parte do público desconhecia, e da onde certamente existem inúmeras ramificações - ser motivo de discussões apenas durante o caminho da saída da sala do cinema até o carro, ou quem sabe de uma rodada de cerveja no final de semana. Letícia.

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