quinta-feira, 7 de abril de 2011

Como ele queria tocá-la.
Nunca havia estado tão próximo de alguém, mesmo que distante.
Mas ele tinha muito medo de assustá-la. Tinha a nítida impressão de que qualquer movimento em falso, a espantaria. E ele não queria perdê-la. Não ela.
Por isso se continha. Guardava só para ele, aquela multidão de sorrisos, palavras, olhares e abraços.
Acontece, que ele já não tinha mais espaço pra guardar todos esses substantivos e verbos, e às vezes, eles teimavam em escapar. Sem controle.
Escorriam transparentes pelo rosto, levando consigo cada mínimo fiozinho que formava a palavra: ilusão. Letícia G.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Eu fiz um samba pra matar minha saudade,
Essa louca vontade de te ver.
Esse samba meu amor, passei a noite a escrever.
Fiz promessa até pra santo pra inspiração aparecer.
Mas se acaso a harmonia, não vier a te agradar,
Eu mudo a letra, a melodia, mudo o tom.
Porque cantando pra você meu amor,
Não há samba no mundo, que não fique bom. Letícia G.