quinta-feira, 7 de abril de 2011

Como ele queria tocá-la.
Nunca havia estado tão próximo de alguém, mesmo que distante.
Mas ele tinha muito medo de assustá-la. Tinha a nítida impressão de que qualquer movimento em falso, a espantaria. E ele não queria perdê-la. Não ela.
Por isso se continha. Guardava só para ele, aquela multidão de sorrisos, palavras, olhares e abraços.
Acontece, que ele já não tinha mais espaço pra guardar todos esses substantivos e verbos, e às vezes, eles teimavam em escapar. Sem controle.
Escorriam transparentes pelo rosto, levando consigo cada mínimo fiozinho que formava a palavra: ilusão. Letícia G.

Nenhum comentário: