segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ela que nunca fora boa com as palavras, agora sentia-se muda! Tinha na garganta uma imensidão de gritos entalados. Um emaranhado de berros empurrados goela abaixo, forçados a se acomodar num silêncio ensurdecedor. Eram dias amargos aqueles, onde as respostas para toda aquela gritaria interna, voava para um lugar onde somente a distância se encarregaria de hospedá-las. Faltava-lhe ar, faltava-lhe força e faltava-lhe fé, porque no fundo ela sabia que a descrença quando se instala, pode ser ainda mais cruel do que se imagina! Letícia G.

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